domingo, 4 de julho de 2010

Release Tour México 2010


Em minha segunda visita ao México retorno a “terra de los dioses” para apresentar a individual: Misterios, los nómadas , el caos y Oasis, 4 reflexiones sobre las calles que abre no dia 9 no Museo Macay, localizado em Mérida capital do estado de Yucatán.Na sequência rumo para a cidade de Oaxaca onde desenvolvo o projeto Caramujo Man em residência de duas semanas com Open Studio nos dias 23 e 24 em La Curtiduria, espaço coordenado pelo artista Demián Flores.Também em Oaxaca participo da exposição Grafica Del Sur na galeria Cuarto Contemporaneo dirigida por Úrsula Acevedo Flores com artistas latino americanos.
Alê Souto: Poéticas reflexões sobre as ruas - Museo Macay 2010




A opção do artista carioca Alê Souto pelo uso do papelão não é uma escolha pelo material em si, mas pelo que ele alude, pois são de papelão as caixas que armazenam mercadorias em geral. O formato da caixa, assim, é o de um cubo.Alê Souto está interessado nas possibilidades de desmanchar, construir e empilhar cubos, seja pelo uso do papelão em si, seja com os desenhos que realiza sobre os mais variados suportes, com cores e configurações distintas. Usando tinta, fita adesiva ou algum material colorido, o artista demarca zonas, ocultando ou evidenciando-as.Seus cubos, portanto, se configuram em novos territórios, seja ao tomarem de assalto um objeto - fazendo-no desaparecer por completo, iniciativa denominada pelo artista como desmanche -, seja pelo seu acúmulo e empilhamento que dá origem às mais variadas formas que podem se denominar tótem, casulo, caramujo man, etc.Além das zonas e territórios, seus desenhos também salientam ou remarcam o ritmo (acelerado, mas também temporário) das cidades e funcionam como ponto de fixação para o espectador instável. Mas longe de proporcionarem mapas a serem seguidos, favorecem o trânsito.Na presente exposição, o artista apresenta quatro reflexões sobre as ruas, esta que é sempre o ponto de partida para a sua produção. Mesclando as duas iniciativas básicas do seu trabalho, Alê propõe troca e complementaridade entre as operações de empilhar e desmanchar caixas de papelão.Se o empilhamento diz respeito ao acúmulo, à poluição, ao Caos; o desmanche lida com as noções de virtualidade, invisibilidade e mistério. Os nômades dizem respeito ao trânsito e ao caráter temporário e de fluxos das ruas e o oásis nos é oferecido pelo próprio artista.Como um cronista, Alê Souto nos apresenta em quatro trabalhos a sua visão poética da urbe, do cotidiano, propiciando, conseqüentemente, pequenas epifanias e provando a nós, espectadores, que ainda é possível encontrar um oásis no deserto das selvas de pedra que habitamos, assim como é possível enxergar beleza e um pouco de cor, em meio a tanto cinza. Fernanda PequenoRio de JaneiroJunho de 2010


GRÁFICA DEL SUR - NEO-GRÁFICA LATINO AMERICANA Una muestra sobre algunos discursos emergentes en torno a la Gráfica contemporánea Latinoamericana.(Brasil,Guatemala,Cuba,Perú,México)Plinio Villagrán,Alberto Collía,Lucia Monge,Wayner Tristao,Alê Souto,Smek,Marlov Barrios,Erick Menchu,Eduardo Leiva. Inauguración Sábado 19 de Junio de 2010.20:00 hrsGalería Cuarto contemporáneoMacedonio alcalá 407 int 3 Plaza Santo domingoint 3 oaxaca,oaxaca.México.
Caramujo Man - Alê Souto para La Curtiduría - Oaxaca
É um projeto de pesquisa acerca dos habitantes nas grandes cidades realizado pelo artista plástico brasileiro Alê Souto que acontece em trânsito pelas cidades do Rio de Janeiro, Mérida, Oaxaca e Chiapas.
O projeto teve início em Março de 2010 com a parceria entre Alê e Robert Brecevic, artista plástico sueco. Os dois se conheceram em Oaxaca (México) e conceberam a primeira edição do projeto no Rio de Janeiro, realizando uma mostra no espaço alternativo Plano B no bairro da Lapa no Rio de Janeiro. O trabalho contou com uma escultura feita de papelão, cerâmica e borracha realizada por Alê e com a projeção interativa em vídeo realizada por Robert consistindo os dois produtos em um único trabalho.
A segunda etapa do projeto consiste em registro fotográfico de mais de 1.000 pés realizados entre as 4 cidades citadas acima. Capturando as particularidades impressas nos pés de pessoas de lugares tão diferentes, chegando a configuração de um grande mosaico de imagens contendo um único assunto que se apresenta de formas distintas. As imagens serão exibidas misturadas, tornando mais complexa a identificação da origem de cada fotografia.
O projeto tem por objetivo evidenciar mais o caráter universal do arquétipo citado (pé) e menos sua característica local que apesar de estar impressa nos pés seja pelo tipo de sandália ou tênis, tatuagens, cor de unhas, tornozeleiras, etc... informações plasticamente muito enriquecedoras, mas que não transmitem a idéia de “movimento”, uma das linhas principais do trabalho. Nesta sentido a montagem destas fotos editadas em linha horizontal privilegia a idéia de trânsito (vai e vem) destes pés (pessoas) em busca de algo que não podemos medir, restando apenas pistas das direções e caminhos escolhidos por estes “personagens anônimos” habitantes das grandes cidades.
A questão da habitação e trânsito, assunto presente no projeto de forma muito direta é abordada de forma irônica e sinistra, mimetismo entre ser e desejo, ser o objeto pra não mais necessitar do mesmo.

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