GUION CENTER 3
O REFÚGIO
90 MIN/ 14ANOS
ESTREIA14h30 – 16h10 – 19h50
FESTIVAL DE SAN SEBASTIAN
FESTIVAL DE SAN SEBASTIAN
FESTIVAL DE PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI O REFÚGIO(LE REFUGE/ 2009/ FRANÇA/ 90 MIN/DRAMA)
Diretor: FRANÇOIS OZON
Roteiro: MATHIEU HIPPEAU, FRAÇOIS OZON
Produção: CHRIS BOLZLI, HELEN OLIVE, CLAUDIE OSSARD
Fotografia: MATHIAS RAAFLAUB
Montagem: MURIEL BRETON
Edição de Som: BENOIT GARGONNE
Elenco: ISABELLE CARRÉ - MOUSSELOUIS-RONAN CHOISY - PAULPIERRE LOUIS-CALIXTE - SERGEMELVIL POUPAUD - LOUIS
O diretor FRANÇOIS OZON, excelente realizador de SOB A AREIA, 8 MULHERES e SWIMMING POOL - À BEIRA DA PISCINA, todos exibidos pelo Guion, recebeu por este filme o PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI NO FESTIVAL DE SAN SEBASTIAN. A atriz francesa estava grávida de verdade quando fez o filme.
Mousse e Louis são jovens, bonitos, ricos e estão apaixonados. Mas as drogas invadiram suas vidas de uma forma tão intensa, que um dia Louis morre de overdose. Mousse sobrevive, mas logo descobre que está grávida. Se sentindo perdida, corre para uma casa de praia longe de Paris. Muitos meses depois, o irmão de Louis se junta a ela no retiro.
François Ozon passa longe dos clichês ao falar de melancolia e maternidade em “O Refúgio” por Luciana Borges - 16 de setembro de 2010 Isabelle Carré e Louis-Ronan Choisy em cena“O Refúgio” é um filme que causa sentimentos controversos. A trama é forte: jovem viciada em heroína escapa de morrer por overdose e descobre que está grávida. O pai da criança, seu namorado, não tem o mesmo destino e, apesar de enfrentar a rejeição da mãe do rapaz, que não deseja o nascimento do bebê, ela acaba seguindo com a gestação. Para isso, deixa Paris e se isola em uma casa no litoral da França. Lá convive com o irmão do ex-companheiro, que aparece para visitá-la de forma inesperada e desenvolve com ela uma estranha ligação.A história, que estreou nos cinemas brasileiros no último dia 10 de setembro, poderia ser um dramalhão ao tentar comover o espectador com sua realidade áspera. Mas François Ozon, diretor francês que é um dos melhores da atualidade em seu país, consegue embutir no roteiro suspense, romance e até momentos divertidos. O diretor, que esteve recentemente no Festival de Veneza para divulgar sua mais nova produção – a comédia “Potiche” – é um expert em abordar questões intimistas com seus personagens. “O Refúgio” segue essa regra. Neste caso, Ozon escalou uma dupla excepcional. Mousse, a jovem que começa o filme em uma pesada sequência de consumo de heroína, é interpretada por Isabelle Carré. Grávida de verdade, a atriz dá contornos a uma mulher solitária e de passado misterioso. Em diversos momentos, ela parece tão distante da realidade em que vive que é como se continuasse em uma “viagem” química particular. Isso acontece até que surge Paul, o irmão mais novo do ex-namorado de Mousse, papel do belíssimo cantor francês Louis-Ronan Choisy em sua estreia como ator no cinema. Cheio de gosto pela vida, ele invade a reclusão da jovem em sua casa-refúgio e, a partir de então, os dois mostram ter mais em comum do que se poderia imaginar à primeira vista.Calcado totalmente nos diálogos, “O Refúgio” trata de maternidade, sexualidade e vício de maneira pouco convencional. Tal como Pedro Almodóvar fez com Gael García Bernal em “Má Educação”, François Ozon transforma Louis-Ronan em um verdadeiro objeto do desejo, com seus abundantes closes no rosto e no corpo do rapaz. Ao mesmo tempo em que faz dele o ponto da tensão sexual do filme, aproveita o fato de seu personagem ser gay para discutir novas concepções para a família, assunto que, segundo o próprio diretor, é pouco discutido pela maioria conservadora da sociedade francesa. Não se espante se terminar o filme com pouca simpatia por Mousse, personagem que segue ambígua até o último minuto de projeção, e desenvolver uma queda fatal por Paul. Além de encarnar o melhor do estilo de vida francês, ele consegue superar seu lado negro e sair vivo do outro lado.
Elenco: ISABELLE CARRÉ - MOUSSELOUIS-RONAN CHOISY - PAULPIERRE LOUIS-CALIXTE - SERGEMELVIL POUPAUD - LOUIS
O diretor FRANÇOIS OZON, excelente realizador de SOB A AREIA, 8 MULHERES e SWIMMING POOL - À BEIRA DA PISCINA, todos exibidos pelo Guion, recebeu por este filme o PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI NO FESTIVAL DE SAN SEBASTIAN. A atriz francesa estava grávida de verdade quando fez o filme.
Mousse e Louis são jovens, bonitos, ricos e estão apaixonados. Mas as drogas invadiram suas vidas de uma forma tão intensa, que um dia Louis morre de overdose. Mousse sobrevive, mas logo descobre que está grávida. Se sentindo perdida, corre para uma casa de praia longe de Paris. Muitos meses depois, o irmão de Louis se junta a ela no retiro.
François Ozon passa longe dos clichês ao falar de melancolia e maternidade em “O Refúgio” por Luciana Borges - 16 de setembro de 2010 Isabelle Carré e Louis-Ronan Choisy em cena“O Refúgio” é um filme que causa sentimentos controversos. A trama é forte: jovem viciada em heroína escapa de morrer por overdose e descobre que está grávida. O pai da criança, seu namorado, não tem o mesmo destino e, apesar de enfrentar a rejeição da mãe do rapaz, que não deseja o nascimento do bebê, ela acaba seguindo com a gestação. Para isso, deixa Paris e se isola em uma casa no litoral da França. Lá convive com o irmão do ex-companheiro, que aparece para visitá-la de forma inesperada e desenvolve com ela uma estranha ligação.A história, que estreou nos cinemas brasileiros no último dia 10 de setembro, poderia ser um dramalhão ao tentar comover o espectador com sua realidade áspera. Mas François Ozon, diretor francês que é um dos melhores da atualidade em seu país, consegue embutir no roteiro suspense, romance e até momentos divertidos. O diretor, que esteve recentemente no Festival de Veneza para divulgar sua mais nova produção – a comédia “Potiche” – é um expert em abordar questões intimistas com seus personagens. “O Refúgio” segue essa regra. Neste caso, Ozon escalou uma dupla excepcional. Mousse, a jovem que começa o filme em uma pesada sequência de consumo de heroína, é interpretada por Isabelle Carré. Grávida de verdade, a atriz dá contornos a uma mulher solitária e de passado misterioso. Em diversos momentos, ela parece tão distante da realidade em que vive que é como se continuasse em uma “viagem” química particular. Isso acontece até que surge Paul, o irmão mais novo do ex-namorado de Mousse, papel do belíssimo cantor francês Louis-Ronan Choisy em sua estreia como ator no cinema. Cheio de gosto pela vida, ele invade a reclusão da jovem em sua casa-refúgio e, a partir de então, os dois mostram ter mais em comum do que se poderia imaginar à primeira vista.Calcado totalmente nos diálogos, “O Refúgio” trata de maternidade, sexualidade e vício de maneira pouco convencional. Tal como Pedro Almodóvar fez com Gael García Bernal em “Má Educação”, François Ozon transforma Louis-Ronan em um verdadeiro objeto do desejo, com seus abundantes closes no rosto e no corpo do rapaz. Ao mesmo tempo em que faz dele o ponto da tensão sexual do filme, aproveita o fato de seu personagem ser gay para discutir novas concepções para a família, assunto que, segundo o próprio diretor, é pouco discutido pela maioria conservadora da sociedade francesa. Não se espante se terminar o filme com pouca simpatia por Mousse, personagem que segue ambígua até o último minuto de projeção, e desenvolver uma queda fatal por Paul. Além de encarnar o melhor do estilo de vida francês, ele consegue superar seu lado negro e sair vivo do outro lado.
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