O filme é super atual - Arte e reciclagem; 4) São brasileiros... Concorrendo ao Oscar!
Vejam o trailer! Vejam o filme! Prestigiem nossos artistas!
segue linck pro trailer do filme "Lixo Extraordinário"
não deixem de ver.. é maravilhoso!
estréia hoje em Brasilia e ja estreeou em outras capitais no dia 21/01
ver também:
É do Brasil: Filmagem de Lixo estraordinário rendeu prêmios no Festival de Berlim e de Sundance
A produção brasileira indicada ao Oscar na categoria melhor documentário estreia em Brasília nesta semana. O longa Lixo extraordinário, dirigido por Lucy Walker, João Jardim, Karen Harley, mostra como o artista plástico Vik Muniz transforma o lixo do maior aterro sanitário da América Latina em obra de arte. A atitude beneficiou os catadores de material reciclado e rendeu ao filme prêmios no Festival de Berlim e de Sundance.
Lixo extraordinário
Divulgação
(Waste land, Brasil/Reino Unido, 2010)
Sinopse: O documentário mostra o contato do artista plástico Vik Muniz com os catadores de material reciclável do Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro.
Diretor: De Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley
Gênero: Documentário
Duração: 90 minutos
Horários e Salas
Liberty 2 - 14:0015:4517:3019:1521:00
*Programação sujeita a alterações de ultima hora
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Acme: Lixo Extraordinário, uma surpresa para deixar você arrepiado
Deixe o preconceito de lado e assista ao filme.
Jurandir Filho
twitter.com/jurandirfilho
Sabe aquele filme que você escuta alguém falar e se depara com reportagens pela mídia, mas não dá a mínima bola por ser, primeiro, um documentário, e segundo, não ter nenhum nome “famoso” no elenco? Pois é, foi isso que aconteceu comigo em relação a “Lixo Extraordinário”. Pode parecer um preconceito estúpido, mas acontece. Eu gosto muito de documentários, mas com a quantidade de filmes comerciais que chegam aos cinemas e que tenho que assistir por causa do site, acabo não dando atenção para os filmes menos comerciais. É algo que quero corrigir.
Depois que o documentário foi indicado ao Oscar, decidi dar uma chance e estou sem palavras. Pretendo não falar mais nada, só quero que assista ao trailer e diga se não ficou com vontade de assistir essa obra:
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Cinema e DVD
Quarta, 19 de janeiro de 2011, 12h31
Exclusivo: Diretor fala das ideias por trás de 'Lixo Extraordinário'
Carol Almeida
Não espere deste documentário que ele passe a mão na sua cabeça e o redima de seus pecados cotidianos. Lixo Extraordinário é um filme que joga sal em feridas que costumamos ignorar em nome da saúde de nossa consciência limpa. Um dos 15 filmes pré-selecionados para concorrer ao Oscar na categoria Melhor Documentário, essa co-produção Brasil/Inglaterra estreia neste fim de semana no Brasil e tem como foco o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz no maior aterro sanitário da América Latina, o Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. Na base do relato, a construção coletiva de telas gigantes com os trabalhadores desse colossal lixão. Conversamos com um dos três diretores do filme, João Jardim, que nos deu informações sobre os bastidores desse longa (confira crítica do filme no link abaixo).
» 'Lixo Extraordinário' expõe Vik Muniz como artista e cidadão
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Diretor de filmes Janela da Alma (2001) e Pro Dia Nascer Feliz (2006), Jardim explicou que o processo de criação do filme partiu, de fato, de uma ideia do produtor. Colecionador de arte contemporânea, Angus Aynsley teve que achar três diretores para se dividir atrás das câmeras. Jardim foi o segundo a assumir o filme.
"O Angus é um colecionador de arte que queria produzir cinema e já tinha feito um curta com um artista plástico, o Andy Goldsmith. E enfim, ele é um cara um cara rico e o Vik Muniz estava fazendo um "portrait" do filho dele com geleia. E foi aí que ele começou a pensar em um filme sobre o Vik", explica Jardim.
Daí por diante, Lixo Extraordinário passou a ser um trabalho em andamento, sem data para terminar. "Angus contratou a Lucy (Walker) pra ser a diretora. Isso foi em 2006 ou início de 2007. Sei que eles foram conversando e o Vik sugeriu essa ideia de fazer no Brasil com os catadores de lixo, porque ele já tinha feito uns quadros de sucata e porque ele queria trabalhar nesse universo de ver como a arte poderia influenciar a vida de pessoas que nunca lidaram com isso. Essa foi a premissa inicial do filme. E todo aquele princípio do filme é realmente o princípio do planejamento do filme, eles pesquisando onde e como poderia ser feito."
Os cerca de 20 minutos iniciais do filme, portanto, dão conta desse processo de prefácio do filme em si, registro raro que somente com uma produção que, graças ao financiamento de Aynsley, não precisou passar por aprovações de leis de incentivo para começar suas filmagens. João Jardim entrou logo depois desse processo. "Quando o filme chegou pra mim eles tinham filmado a gênese, que é o planejamento e a descoberta de Jardim Gramacho. E aí tive toda essa parte de imaginar como filmar Gramacho, como se aproximar do lixo, que câmera usar. Tive que pensar um novo filme que ia até o momento em que o Vik ia vender em Londres o quadro criado em Gramacho, e voltar pro Brasil com o dinheiro arrecadado que seria então utilizado por aquelas pessoas. Mas quando começaram a montar o filme e viram que aquilo estava rendendo, eles decidiram continuar filmando mais e aí tivemos mais uma etapa. Nesse momento a Karen (Harley), que já era editora do filme, assumiu como diretora e continuou sozinha."
Sobre a montagem do longa, o diretor brasileiro deixa claro que juntar as peças era certamente o maior desafio do projeto: "Existem três aspectos da arte: um é o processo de criação, dois é o dinheiro que ela envolve e três é o trabalho criativo em si, que neste caso é pegar pessoas que vivem catando lixo e colocar elas em um ambiente em que elas estão transformando lixo em arte. Então tínhamos essas três coisas para colocar dentro do filme e, além disso, tínhamos o protagonista, Vik Muniz, que não é nenhuma dessas três coisas. O processo de trabalhar na ilha de edição era fazer com que o espectador pudesse passear por esses quatro universos."
O problema é que, com o final das filmagens, o produtor, de olho no público estrangeiro, achou a montagem final com uma abordagem "brasileira demais", segundo Jardim e foi aí que essa documentário-lego, construído no encaixe de várias peças com cores distintas, voltou para as mãos de Lucy Walker, que deu a edição final e conseguiu, entre outras coisas, colocar Moby na trilha sonora que fecha a história.
Jardim explica que, de sua parte, havia uma preocupação particularmente pessoal quanto ao acompanhamento da relação entre Vik e os catadores de lixo que o ajudam a criar sua obra. "Na minha parte do filme, o que tentei foi fazer com que as pessoas se relacionassem com aquele lixo como se ele fosse o lixo da casa delas. É como se você estivesse vendo o filme e falasse: 'aqui tem o meu lixo, eu estou dentro disso também'. Era uma coisa meio pessoal minha fazer com que o público tomasse consciência sobre a questão do lixo.
E, acredite, consciência é algo que, depois deste filme, vai pesar na hora que você decidir jogar seu lixo fora.
Redação Terra
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Uma pernambucana no Oscar
André Dib
andredib.pe@dabr.com.br
Edição de sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Karen Harley, codiretora de Lixo extraordinário, concorre na categoria documentário
Cenas do documentário registram o cotidiano dos catadores no Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. Foto: Filmes/Divulgacao
Não é megalomania: Karen Harley é a primeira diretora pernambucana indicada ao Oscar. Ao lado da inglesa Lucy Walker e do carioca João Jardim (Pro dia nascer feliz), ela assina Lixo extraordinário, documentário sobre as intervenções do artista plástico Vik Muniz no aterro sanitário de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. Para quem não assistiu ao filme, ele fez um trabalho parecido na abertura da novela Passione. A direção compartilhada não diminui a importância da Karen no processo de criação do longa. Lucy deixou o projeto após dez dias de filmagem para se dedicar a Countdown, seu projeto pessoal. Após certo ponto, João também teve que sair, o que levou Karen a assumir o leme da produção.
´Isso gerou muitos caminhos e muito material`, diz Karen, por telefone, do Rio de Janeiro. ´Lucy esteve bem no começo das filmagens, depois mandamos o corte final para a Inglaterra, onde ela retrabalhou os primeiros 30 minutos`.
Lixo extraordinário é uma co-produção entre a O2 Filmes (deFernando Meirelles) e Almega Projects, do inglês Miel de Botton Aynsley, de quem partiu a ideia do filme. Por questões contratuais, Lucy assina a direção e Karen e Jardim a codireção. ´Mas o filme é dos três. Na verdade, ela foi quem menos trabalhou no projeto`, revela a diretora.
Mais conhecida como montadora para cinema e TV, este é o primeiro longa dirigido por Karen. Filha de estrangeiros (pai norte-americano e mãe alemã), ela nasceu no Recife, terra pela qual o pai se apaixonou, mas vive no Sudeste desde 1985. ´Saí pra ver o Rock in Rio e nunca mais voltei`, conta.
Quando começou a trabalhar com edição não havia o método não-linear, apenas o método do corte seco. ´Fui aprendendo na prática, com grandes montadores, como João Paulo de Carvalho e Mair Tavares, que foram meus mestres`. Com Mair, Karen montou seu primeiro filme em película, Veja essa canção, do Cacá Diegues. Depois vieram O quatrilho, de Fábio Barreto (derrotado no Oscar para A vida é bela, de Roberto Benigni).
A relação com a terra natal foi retomada profissionalmente quando Karen assumiu a montagem dos longas de Claudio Assis e Marcelo Gomes. Seu último trabalho foi em A febre do rato, de Assis, e semana passada ela começou novo processo em Era uma vez Verônica, de Gomes. Outro trabalho recente foi com o finlandês Mika Kaurismäki, o documentário para a TV Mama Africa, sobre a cantora Miriam Makeba.
Expectativa
Lixo extraordinário foi indicado ao Oscar após vencer o prêmio do público em Sundance, Berlim e Paulínia (SP). Karen acredita que isto, somado à importância artística e social do filme, convenceram aos membros da Academia a incluir Waste Land (nome internacional do filme, em referência a poema de T.S. Eliot) entre os favoritos. Falado em inglês e português, com trilha sonora de Moby, o filme centra na interação de Vik Muniz, que vive nos Estados Unidos, com os catadores de lixo de Jardim Gramacho.
´A gente quer muito que Tião (Santos), o presidente da associação dos catadores, esteja na cerimônia do dia 27. Caso o filme vença, é ele quem merece receber a estatueta. Mais ainda porque o Jardim Gramacho vai fechar em 2012 e tem uma questão social pra ser resolvida aí`, diz Karen. Com admiração, ela diz que Tião cita Nietschze e também O príncipe, de Maquiavel, no filme, comparando os textos à situação do Rio de Janeiro. ´A alma do filme está nos catadores, que são pessoas bonitas, dignas, carismáticas, inteligentes e bem humoradas`.
Karen não assistiu aos filmes que concorrem com Lixo extraordinário, mas ouviu falar bem de Exit trough a gift shop, do grafiteiro britânico Banksy. Com uma abordagem bem diferente, ele questiona os mecanismos que regem a arte contemporânea. Não deixa de ser a lógica pela qual Hollywood tem se reinventado ao longo dos anos.
João Jardim, um dos diretores de 'Lixo Extraordinário'
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