sexta-feira, 18 de março de 2011

OBJETO: SOM é a primeira exposição de 2011 da Ecarta

Inaugurando o calendário 2011 da Galeria de Arte da Fundação Ecarta, a exposição OBJETO: SOM, cuja inauguração acontecerá no sábado, 19 de março, às 17h, reúne trabalhos de seis artistas que têm a exploração das sonoridades como ponto comum em suas investigações artísticas. São eles: Chico Machado, Guilherme Dable, Panetone (a.k.a. Cristiano Rosa), Giancarlo Lorenci, Fernando Bakos e o grupo de rock Damn Laser Vampires. A curadoria é de Leo Felipe.

Compõem OBJETO: SOM vídeos, objetos, instalação e desenhos. Alguns dos trabalhos demandam a participação do público. Também integrará a mostra uma série de performances, que acontecerão ao longo do período da exposição. A primeira delas será na abertura, com o artista experimental Panetone. No encerramento, dia 24 de abril, às 17h, a apresentação ficará por conta do trio punk Damn Laser Vampires.

Sobre a mostra

No hall de entrada da Galeria, estará a instalação Red Alert, na qual Giancarlo Lorenci utiliza cones de sinalização e sensores de presença, objetos apropriados do espaço cotidiano, deslocados de suas funções habituais. Deles, o público ouvirá sons relacionados a situações urbanas.

Na sala da direita, Chico Machado mostrará dois dispositivos/aparelhos sonoros à manivela, além de vídeos destes objetos, discutindo a relação entre eles e a sua imagem, bem como a composição de sons em vídeo. Chico também exibirá, em uma grande projeção, uma série de vídeos realizados em seu atelier sobre uma boia. O resultado das pesquisas de Guilherme Dable, envolvendo desenho, som e performance, a partir dos registros do som e da ação que o provoca, estarão na sala à esquerda. Fernando Bakos apresentará dois objetos sonoros interativos, estabelecendo conexões entre a baixa e a alta tecnologia. Haverá também um audiovisual com ruídos de vídeo sobre uma base de sons gerados por uma composição randômica, problematizando a questão do ruído como aspecto de descontinuidade, interferência e alteração da informação, da narrativa e da linearidade.

Além da seção expositiva, OBJETO: SOM contará com uma série de performances, destacando este que é um dos principais suportes para as experiências sonoras no campo das artes. No dia da abertura, 19/03, Panetone (a.k.a. Cristiano Rosa) vai apresentar seus objetos e instrumentos montados a partir do conceito de Circuit Bending, em que o artista provoca curtos-circuitos em instrumentos e objetos que emitem sons, alterando o uso, a natureza e a percepção destas sonoridades. No encerramento, em 24/04, os integrantes do grupo de rock Damn Laser Vampires, que além de músicos são quadrinistas e artistas gráficos, se instalarão no centro da galeria e – tal qual esculturas vivas – mostrarão, em formato pocket show, seu artsy-punk-rock. Entre as duas datas, os demais artistas se apresentarão com performances, muitas vezes inéditas, que permitirão ao visitante presenciar as experiências e os processos que resultaram nas obras de OBJETO: SOM.  Em breve a programação destas interferências será divulgada. Todas as atividades têm entrada franca.




Os artistas
Chico Machado | Artista plástico, performer e artista gráfico em atividade desde o início dos anos 1980, é atuante também nas áreas de vídeo, cenografia teatral e música, com diversos prêmios obtidos, tendo realizado diversas exposições individuais e coletivas. É doutorando em Poéticas Visuais  pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAVI) da UFRGS, especialista em Teoria do Teatro Contemporâneo pelo Departamento de Arte Dramática (DAD) da UFRGS, e bacharel em Desenho e em Pintura pelo Instituto de Artes da mesma universidade. É professor assistente  no Instituto de Artes e Design da Universidade Federal de Pelotas.


Guilherme Dable | É co-fundador do Atelier Subterrânea, em Porto Alegre, onde desempenha, desde 2006, funções de produtor, gestor e designer. Bacharel em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS, é mestrando em Poéticas Visuais pelo PPGAVI. Em sua formação complementar, destacam-se cursos com Charles Watson em Porto Alegre, Rio de janeiro e Alemanha, e também com Jailton Moreira. Foi indicado como destaque na Bolsa Iberê Camargo 2007 e premiado na categoria “Projeto Alternativo de Produção Plástica” do Prêmio Açorianos 2008, pelo trabalho desenvolvido no Atelier Subterrânea.


Giancarlo Lorenci | É formado em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), São Paulo, em 1995. Desde então, tem desenvolvido trabalhos de arte e participado de diversas exposições no Brasil e no exterior, explorando o campo de criação que combina imagens e sons para realizar instalações sonoras, vídeo-instalações e experimentos diversos em mídias digitais. Além disso, atua também como dj e realiza trilhas sonoras para desfiles de moda. Em 2010, expôs no Atelier Subterrânea, em Porto Alegre; participou da instalação sonora coletiva 66x96, no Paço das Artes, São Paulo; e do projeto SoundGate em Aalborg, na Dinamarca. Giancarlo mantém o site www.hypnorder.tv, onde podem ser acessados diversos vídeos e arquivos sonoros. 

 Fernando Bakos | Trabalha com vídeo e mídias eletrônicas desde os anos 1980. Mestre em Poéticas visuais, estudou no The Kitchen, importante centro de performance em Nova Iorque. Em suas propostas, busca diálogos das artes com elementos de comunicação de massa, design e tecnologia. Atualmente, elabora ações ou objetos baseados na ligação som e imagem. Com o projeto TEMPERFAKTOR, realizou diversas performances e espetáculos de palco. É professor de Arte e Tecnologia, entre outras disciplinas, no curso de Design da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

 Panetone (a.k.a. Cristiano Rosa) | Iniciou na arte experimental em 1989. A partir de 2005, começou sua pesquisa em Circuit Bending, Hacking Hardware e novas formas de produção de áudio e vídeo em dispositivos construídos. Criou em 2007 o grupo Circuit Bending Brasil, para incentivar o intercâmbio de informações e projetos afins. Foi selecionado para o 8º Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia, em 2009. Realizou performances nos festivais: Mobile Fest, Artemov, FILE e na Convenção Internacional de Puredata. Em 2010, participou do Festival Fobia e foi selecionado como artista residente no Projeto-Laboratorio Chimbalab, em Santiago, Chile. No mesmo ano, iniciou, com artistas chilenos e argentinos, o projeto chamado Sudamerica Experimental. Foi selecionado para o Piskel Festival 2010, em Bergen, Noruega, e para o Pixalache, em Helsinki, Finlândia, onde realizou oficinas e concertos. Em 2011, participou do Festival Bogotrax, em Bogotá, e no Museu Antioquia em Medelín, Colômbia. Desde 2007 suas oficinas atingiram mais de 1200 participantes, em 15 estados brasileiros e nove países.

 Damn Laser Vampires | O grupo, formado por Ron Selistre (guitarra e voz), Francis K (guitarra) e Michel Munhoz (bateria), surgiu em junho de 2005, em Porto Alegre, com o EP “The Devil Is a Preacher”. O álbum “Gotham Beggars Syndicate”, de 2006, foi relançado nos Estados Unidos e no Canadá, em 2008, pelo selo norte-americano Devil’s Ruin Records, e distribuído também na Argentina pela Rastrillo Records. Foi apontado por diversos veículos de imprensa como um dos melhores lançamentos daquele ano. O DLV participou de importantes festivais pelo Brasil, além de ter tocado em diversas capitais por todo o país (Brasília, Goiânia, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Belém do Pará). A banda tem quatro músicas na trilha do filme “Ainda Orangotangos” (Melhor Filme no Festival de Cinema de Milão, em 2008), de Gustavo Spolidoro. Atuando também como artistas gráficos, os Vampires realizaram exposições de arte sob o nome da banda, em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda neste mês de março, deve chegar o segundo disco, "Three-Gun Mojo".




O curador

O jornalista Leo Felipe vem atuando na vida cultural de Porto Alegre há quase duas décadas. Nos anos 1990 foi proprietário do bar Garagem Hermética, reduto da cena roqueira alternativa. Durante boa parte dos anos 2000, comandou, na TVE/RS, o programa Radar, tradicional espaço da cultura jovem e independente. Neste período também lançou dois livros de ficção (Auto, de 2004, e O vampiro, de 2006); criou a festa Pulp Friction, uma das mais animadas da cidade; editou a revista Cidade B; curou o projeto de música República do Rock e apresentou e produziu programas de TV e rádio (atualmente faz o Pulp, na Oi FM). Em sua nova aventura profissional, a de gerente artístico da Galeria de Arte da Fundação Ecarta, Leo se lança com entusiasmo infantil e a madura experiência de 20 anos de trabalho. OBJETO: SOM é sua primeira curadoria em Artes Visuais.


Exposição OBJETO: SOM

Artistas: Chico Machado, Guilherme Dable, Panetone (a.k.a. Cristiano Rosa), Giancarlo Lorenci, Fernando Bakos e o grupo de rock Damn Laser Vampires.  Curadoria: Leo Felipe.

Onde: Galeria de Arte da Fundação Ecarta (Av. João Pessoa, 943 – Porto Alegre)

Quando: De 19/03 a 24/04

Visitação: de terça a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 18h

Informações: www.fundacaoecarta.org.br ou pelo 
(51) 4009.2970

  Contato para a imprensa 
Jornalista Dóris Fialcoff | 51 3024.5184 e 51 9606.0155 
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